
Durante
muito tempo não compreendi o comportamento de minha mãe diante de minhas
desavenças com as outras pessoas. Ela nunca se portou como as outras mães, que
tomavam partido incondicional de seus filhos. “Meu filho não faria isso”. Minha
mãe, ao contrário, nunca emitia opinião sem antes esmiuçar os fatos a exaustão.
E era aí que eu me danava. É lógico que eu quase sempre tinha alguma culpa no
cartório. E por mais que já tivesse me dado mal e ansiasse por um colo materno,
ainda assim tinha que pagar o preço que ela considerasse justo. Só já bem mais
velho entendi que o que ela buscava era me imbuir os ideais de verdade e
justiça. Sob a diretriz de que ajudar verdadeiramente alguém é procurar lhe
mostrar o caminho pelo qual ele se tornará uma pessoa melhor. Caminho que em
geral é mais difícil de se percorrer. Também eu passei a assumir tal postura em
meus relacionamentos. O que é evidente, só tem me trazido dores de cabeça. Afinal,
quem quer ter um amigo que teoricamente não o apoia, e vez por outra até da
razão aos “inimigos”? Concordo que é algo um pouco contraditório para se
entender. Mas aprendi assim.
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PS: É claro que sempre gostaria que minha mãe simplesmente desse um soco na cara de quem estivesse me amolando. Também sou humano horas bolas... e cheio de defeitos.
PS: É claro que sempre gostaria que minha mãe simplesmente desse um soco na cara de quem estivesse me amolando. Também sou humano horas bolas... e cheio de defeitos.
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