sexta-feira, julho 17, 2009

Apertado como lata de sardinha?

Apesar de ser aficionado por pescaria e até ter algumas histórias dignas de pescador para contar nunca fui fã do peixe propriamente dito. Mas contra toda expectativa um dia desses fiquei a fim de comer sardinha. Saudosismo dos tempos de criança. Nostalgia pelas antigas merendas da escola. Mesmo o ato de abrir a latinha daquela forma peculiar tem um quê de recordação. Mas quando vislumbrei o conteúdo toda magia se perdeu. Havia duas miseras piabinhas no interior da embalagem que àquela altura mais parecia um aquário de parque temático. Uma imensidão oceânica onde elas poderiam nadar livremente. É impressionante como o conteúdo das embalagens tem diminuído ao longo dos anos enquanto os preços, por outro lado continuam os mesmos. Aliás, até aumentaram. Até o rolo de papel higiênico sofreu cortes. Como se nossos intestinos estivessem mais curtos ou nosso esfíncter, mais estreito. E os velhos ditados perdem até o porquê de existir.

Um comentário:

  1. Eu prefiro substituir o esfíncter, ou o dito cujo "cú", por "monossílabo átono", como diz o Carlão.
    Um abç Lê,
    e cuide bem do seu monossílabo, ok?
    Diógenis Santos

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